Segundo cálculo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor de agricultura teve participação de 26,6% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020, uma elevação considerável em relação aos 20,5% do ano anterior.
Tamanha representatividade nos resultados financeiros do país certamente pode ser ainda mais alavancada por tecnologias como o 5G.
Para se ter uma ideia, de acordo com o Ministério da Agricultura, ao dobrar a taxa atual de conectividade na área rural, que é de 23%, estima-se um incremento em torno de 6,3% sobre o valor bruto da produção agrícola brasileira. Além disso, ao alcançar 80% de conectividade, o impacto positivo sobe para 10,2 %.
Este cenário de ótimos resultados em função de uma conexão mais rápida, estável e eficiente, se dá em grande parte pela possibilidade do segmento fazer um gerenciamento mais assertivo dos seus processos, como os custos envolvidos nos negócios. Acompanhe o conteúdo, pois é sobre isso que vamos falar.
Como as principais aplicações do 5G irão apoiar a redução de custos na agricultura
A conectividade no campo é um dos principais gaps para a difusão de novas tecnologias para a agricultura, situação que certamente será revertida com a chegada do 5G em vários pontos do país nos próximos anos.
Enquanto o 5G está dando os primeiros passos no agronegócio brasileiro, a revolução tecnológica no agronegócio já está em andamento com o 4G, que atende a maior parte das necessidades do setor atualmente. Para ficar mais claro como isso ocorrerá na prática, entre as aplicações que apoiam a redução de custos no campo, que hoje são atendidas pelo 4G e, em breve, serão otimizadas pelo 5G, estão:
Monitoramento de solo e irrigação
Graças ao fato de que a velocidade da transmissão de dados será muito maior e a latência será baixíssima com a implementação do 5G, inúmeros processos que exigem troca de informações em tempo real poderão ser utilizados no campo com inteligência e respostas quase imediatas.
Um exemplo são as sondas de solo, enterradas abaixo de uma linha de irrigação, as quais coletam e enviam dados sobre o mesmo para que os agricultores monitorem a umidade, a salinidade e os padrões de água. Desse modo, é possível administrar com precisão os ciclos de irrigação e nutrição do solo, o que por sua vez traz economia no consumo dos recursos hídricos, refletindo-se na redução de custos e preservação dos recursos naturais.
Automação de veículos autônomos
Com a plantação e a colheita mais automatizadas, o 5G conecta máquinas e pessoas para um controle melhor das atividades. Em relação às máquinas autônomas, é possível contar com tratores que semeiam o campo sem a necessidade de atuação humana, drones com sensores que monitoram e atuam nas plantações e veículos autônomos que detectam plantas invasoras, tomando a decisão de quais herbicidas utilizar, bem como o volume e o local exato da aplicação.
Inteligência de dados
Por ter a capacidade de receber e enviar grandes volumes de dados, o 5G permite que profissionais tenham um histórico atualizado da plantação, além de habilitar o uso de softwares analíticos e assim gerar insights para a fazenda em milissegundos.
Assim, se reduz o tempo de análise manual, na mesma medida em que se aumenta a produtividade e a segurança dos funcionários. Como resultado, há a minimização de despesas e desperdícios e o aumento na lucratividade.
Estes foram apenas alguns exemplos de como a tecnologia 5G irá ampliar as possibilidades da agricultura, modernizando processos e reduzindo etapas que consomem tempo e custos. Para saber mais sobre o assunto, acesse nosso relatório sobre o tema: